sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sempre ao Meu Lado


" não vou perder esta ocasião para expressar o orgulho que tenho no meu pai!"
Patrícia 

Fiquei muito feliz quando surgiu esta ideia de concretizar um livro de homenagem ao meu pai. Confesso que a ideia não foi minha, mas não vou perder esta ocasião para expressar o orgulho que tenho no meu pai!

Outros poderão descrevê-lo melhor do que eu apesar de desde sempre gostar de o ouvir contar as suas histórias, hábito que já tínhamos criado com o meu avô Zé sempre que ele vinha a Lisboa. Imagino que não tenha sido uma vida fácil para os meus avós ter mais um “mutilo” nos tempos que decorriam. Mas as duras condições de vida aliadas à força de trabalho, inteligência e quem sabe teimosia (afinal de contas, somos “Queirós e basta!”) fizeram do meu pai o homem que é hoje.

O meu pai começou a trabalhar ainda criança em S. Pedro, no campo com a avó Cândida e a pastorear a cabra.Na Guarda, onde vendia eletrodomésticos (e grafonolas!) conseguiu conciliar o trabalho com os estudos. Desde pequena que assisto à perseverança de vencer do meu pai, e talvez por isso (trabalhar desde pequeno), o meu pai conseguiu fazer uma carreira de sucesso.

Das primeiras memórias que tenho do meu pai é de andar pela rua com ele e apenas conseguir agarrá-lo por um dedo, porque ainda não tinha altura suficiente para apanhar toda a sua mão. E foi sempre assim, à medida que fui crescendo, o meu pai esteve sempre ao meu lado, a ser o meu melhor amigo, a ajudar-me sempre, especialmente nos momentos em que mais precisei.

Proporcionou-me também viagens inesquecíveis, minuciosamente organizadas e estudadas que nunca hei-de esquecer.

O meu pai é a pessoa mais brincalhona e bem-disposta que eu conheço. Numa ocasião saí da praia com as minhas amigas e fomos comer uma caracolada ao final da tarde para os lados da Costa da Caparica. Quando contei ao meu pai onde tinha ido, ele começou logo no gozo, a dizer que não era possível terem dado um prato de caracóis a 3 raparigas, que o senhor com certeza se deveria ter enganado, o que ele nos queria dar era um prato de bolos chamados caracóis…

Por tudo isto, o meu pai é muito importante na minha vida, e não quero finalizar sem dizer que, como filha, é muito bom tê-lo como pai!

Muitos Parabéns para o Pai mais fixe do mundo!

Patrícia

1 comentário:

  1. “Grafonolas” não está ali no texto, por acaso.
    Quando digo que sou dos tempos antigos que até já vendi grafonolas, pensam que estou a inventar. Mas é verdade quando entrei para a F. Gião ainda se vendiam grafonolas.
    Não que vendesse muitas, até porque, pelo preço, não era coisa para toda a gente, mas agulhas fartei-me de vender.
    Vinham numas caixinhas de lata parecidas com as dos comprimidos Saridon e custavam 18 escudos (equivalente a 15 cafés, mantendo-se a equivalência seriam hoje à volta de 9 Euros).
    Ao menos, deu para a minha filha aprender o que é uma grafonola e até deve saber o que é um disco de 78 r.p.m.

    ResponderEliminar

Comente este post