quinta-feira, 14 de junho de 2012

Velhos São os Trapos



"Estou um pouco baralhada, são 70 ou 80?"
Zezinha
Zézinha

1 comentário:

  1. Quem não conhece a Maria José Mealha, Zezinha para os mais íntimos, não pode entender o que significa a importância de se ter exposto publicamente e, surpresa das surpresas, com divulgação da sua fotografia.
    Perseguida desde muito jovem por toda a espécie de paparazzi algarvios, não mais havia de deixar de sentir um profundo horror de cada vez que lhe aparece uma máquina pronta a disparar.
    Descendente de um industrial da área da panificação, teve uma educação esmerada que, aliada aos seus atributos tanto estéticos como artísticos, a predestinavam à união, pelo casamento, com um descendente de outra prestigiada família algarvia.
    Mas como são sempre “muitos os chamados e poucos os escolhidos”, nem aos cadetes que com as suas fardas de gala faziam suspirar qualquer debutante da época, a Zezinha deu a mais leve esperança.
    Quis o destino que um descendente de uma outra ilustre família silvense, os Guerreiro Machado, viesse a ser o eleito.
    Este algarvio da Amorosa, já cansado de exibir a sua esbelta figura em tudo o que fosse bailarico e de criar falsas expectativas a toda a algarvia casadoira, um dia fez agulha e virou a sua nova Garelli para os lados da mansão dos Mealha.
    Aquele roncar ritmado de um motor a dois tempos havia de marcar os seus destinos.
    O novo casal viria a fixar-se nos arredores de Lisboa, adoptando um modo de vida marcado pela discrição, recusando qualquer tipo de exibicionismo, ao ponto de não franquear a entrada a revistas de decoração que pretenderam divulgar o bom gosto da sua decoração de interiores.
    Tanto para mim como para toda a minha família é uma grande honra poder dizer que fazemos parte do restrito grupo de amigos dos Mealha Guerreiro Machado.

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