"Felizmente, o destino reservou-lhe a melhor
prenda que poderia ter nesta fase da vida: o seu Netinho."
Anselmo Cavaleiro
Anselmo Cavaleiro
- O Regresso à Família e ao Lar: o Prémio
E como tudo o que é material tem início e fim, também a carreira profissional do Armando Queirós terminou um dia, creio que em 2001, ainda com muito para dar ao Banco. Se o contexto fosse outro tudo deveria ser feito para que tivesse continuado e estou certo que aceitaria. Mas acima de tudo é justo que, quem trabalhou durante tantas décadas, tenha o direito de regressar ao lar em boas condições físicas e de saúde, para usufruir de um descanso merecido. Felizmente, o destino reservou-lhe a melhor prenda que poderia ter nesta fase da vida: o seu Netinho. Netinho de que ele, aliás, não se cansa de falar nos habituais almoços com os seus antigos Colegas da DEP, a 15 de Junho e de Dezembro de cada ano.
Como antigo Colega aqui deixo estas notas, como testemunho da minha amizade e admiração pelo Armando Queirós, formulando os melhores votos de um Feliz Aniversário e de muitos anos de vida, plenos de saúde, na companhia da Fátima, da Patrícia e do Netinho.
Um grande abraço.
Anselmo Cavaleiro
O Anselmo Cavaleiro relembra a minha passagem por Económicas e descreve a minha carreira profissional com tal rigor que eu próprio teria muita dificuldade em relatar. Acrescenta, de sua lavra, palavras lisonjeiras que, obviamente, eu não subscreveria.
ResponderEliminarTambém não me lembro se nos conhecemos primeiro no ISCEF ou no Banco, mas é provável que tenha sido no 28, um amarelo que nos transportava todos os dias, ao fim da tarde, da Baixa para a Calçada da Estrela.
Começámos a ter uma maior proximidade por volta do 3º. Ano e a partir daí iniciámos intensas sessões de estudo, com outros colegas, como o Figueira que recordamos com saudade e o Cipriano a quem moíamos o juízo para nos trazer pêssegos de Alcobaça, donde era natural.
Acabou por ceder às nossas insistências e deliciámo-nos com os famosos pêssegos
Para estudo de uma das cadeiras o Cipriano recorria com muita frequência a um livro enorme (penso que em francês) uma espécie de bíblia com respostas para tudo que baptizámos por Livro de S. Cipriano.
Mas as grandes sessões de estudo foram a dois no Monte Abraão, num quartinho sem mobília, para onde eu tinha improvisado uma secretária.
Tivemos a vantagem de ter a teimosia como característica comum que nos conduziu muitas vezes a longas discussões, mas extremamente proveitosas para a compreensão das matérias.
Colegas de trabalho e juntos neste ambiente de estudo, estavam reunidas as condições para criar uma sólida relação pessoal e para fomentar situações de convívio que naturalmente se estenderam às nossas famílias.
O Anselmo Cavaleiro disse tudo sobre o nosso passado sem me deixar espaço para acrescentar mais nada, até porque ele sabe que não o faria com a mesma precisão.
Mas não posso deixar passar em claro, pelas recordações que deixaram, umas garrafas de vinho que, de vez quando, vinham de Alhadas (Figueira da Foz). Não sou um grande conhecedor de vinhos, só distingo entre os que gosto mais e os que gosto menos, mas se há sempre uns que nunca esquecem, os do Cavaleiro estão aí.