quinta-feira, 14 de junho de 2012

Especialidade Militar Explicada

 "teria sido na rua Malpique que ele adquiriu o seu “know-how” sobre veículos..."
Inácio Neves

Tenho vindo a seguir com muita curiosidade o Blog do Armando Queirós. Em reconhecimento da digna família que são os Queiróses, e dado que com quase todos eles mantenho uma relação de amizade, gostaria de acrescentar ao que já foi dito alguns episódios passados nas décadas de 60 e 70 do século passado e dos quais eu fui, como amigo, testemunha.

 De José Queirós, pai dos quatro filhos, relembro uma personalidade muito justa que exigia ser amigo ao primeiro contacto. Personalidade que logo na primeira conversa estabelecia um modo de convivência que deixava refém o seu interlocutor, e tínhamos, assim, um amigo para a vida. O mesmo se passa com os seus filhos e de que o próprio blog do Armando é testemunha.

Mas dado só agora saber que o Armando foi, no serviço militar, o estratega dos veículos militares na defesa da soberania nacional em Cabinda, interrogo-me a mim próprio se não teria sido na rua Malpique que ele adquiriu o seu “know-how” sobre veículos vindo, mais tarde, o exército a reconhecer-lhe tais predicados.

Teria ele observado enquanto vivia nesta rua um DKW a dois tempos, de alta tecnologia, propriedade de Moisés Covita cujas avarias eram constantes; e um Volkswagen Carocha propriedade de Agostinho Gonçalves que era o orgulho do seu proprietário, e um Citroen, tipo Diana, do Sr Borges, e que era uma referência do seu restaurante.

Alem destes veículos, estacionava, por vezes, na rua Malpique, um automóvel de cor branca, com motor na retaguarda, de marca Fiat, classe 600 D, que se poderia considerar um táxi por fazer a rota Lisboa-Caparica e vice-versa transportando amigos do proprietário de nome Miguel Neves com tarifário de acordo com a época.

Penso, por outro lado, que o coração do Armando acelerava as suas pulsações quando lhe era anunciado que o seu irmão António tinha tido mais um acidente no seu VW carocha já adquirido enquanto residia na Estrada da Torre, acidentes normalmente ocorridos em curvas para a esquerda que o condutor não conseguia desfazer! Penso que o António deixou de ter carta, e,  como não sou informado de mais acidentes, presumo que ele já deixou de conduzir!

Muitas outras coisas poderiam ser contadas, mas isso fica para outra oportunidade.

Bem hajas, Armando

Inácio Neves

2 comentários:

  1. O nosso amigo Inácio veio, com este texto, fazer luz sobre um enigma que andava na minha cabeça há umas dezenas de anos.
    Porque é que o António tinha acidentes?
    Está tudo explicado, eram “acidentes normalmente ocorridos em curvas para a esquerda que o condutor não conseguia desfazer”.
    É óbvio. Como é que nunca tinha pensado nisso?
    Desfazer uma curva para a esquerda, é o mesmo que virar à direita.
    Alguma vez um filho de José Queirós conseguiria virar (ou voltar-se) para a direita?
    Obrigado Inácio, pelo esclarecimento

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  2. Realmente, a explicação é científica. Fica esclarecido o mistério, graças ao contributo e poder de observação de um alentejano

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